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domingo, 20 de setembro de 2015

O amor na unidade (19/09/2015)

"Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste”. (João 17:20-23)

Introdução: Esse capítulo pode ser dividido em três partes.

1-) Jesus ora por si mesmo (vs 1-5) – Jesus ora por glorificação
2-) Jesus ora por seus discípulos imediatos (vs 6-19) – Jesus ora por proteção
3-) Jesus ora por toda a sua igreja (vs 20-26) – Jesus ora por unidade

O texto que lemos tem um ponto central: A unidade da Igreja de todos os tempos e podemos aprender três coisas acerca da unidade nele. Vejamos quais são:

I-) A Unidade da Igreja fundamenta-se na unidade da Trindade (vs 20-21)

Podemos dizer isso de outra forma: A unidade da Igreja é obra de Deus e não um esforço humano. Ser um com meu irmão, não anula minha individualidade. Unidade não é uniformidade: Não vestimos todos iguais, não falamos todos os mesmos assuntos, mas temos um mesmo Deus e um mesmo proposito. Deus é um Deus, mas um é o Pai, outro o Filho, outro ainda o Espírito Santo. Eles são um só, mas são pessoas distintas.

Imaginemos por um instante, o colégio apostólico. Pedro e Tiago (irmão de João) tinham um temperamento tempestuoso; João tinha um temperamento amoroso; Filipe era um tanto tímido; Bartolomeu (Natanael) era honesto; Tomé foi incrédulo; Mateus era um sujeito desprezado pelo judeus (coletor de impostos) Simão Zelote detestava cobradores de impostos (uma vez que os publicanos eram mortos pelos zelotes); Judas Iscariotes era ladrão e traidor. André tinha muitas perguntas.

Agora, gostaria de te dizer que cada um deles tinha um pouco de todos. Pense comigo:

Todos tinham um pouco de Tomé – O Evangelista Marcos diz que todos os discípulos duvidaram da ressurreição do Senhor Jesus (Mc. 16:9-14).

Todos os discípulos tinham um pouco de Mateus – Os Evangelistas nos contam que ele abandonou sua profissão para seguir Jesus (Mc. 2:13-17). No entanto, todos os outros discípulos fizeram o mesmo (Mc. 10:28-30).

Todos os discípulos tinham um pouco de Judas Iscariotes – Os Evangelistas nos contam que todos os discípulos o abandonaram no momento mais importante (Mt. 26:31).

Por isso, posso ser unido com meu irmão sem me aniquilar, sem deixar de ser quem sou. Para se tornarem tão parecidos, necessitava-se de relacionamento profundo. Portanto, a lição para nós, a unidade se baseia em relacionamentos profundos. Essa prática foi seguida pela igreja primitiva (At. 2:42-47).

Essa é a razão pela qual a figura predominante da igreja no N.T., é a de um corpo (1Co. 12:12-27). Uma variedade de membros, formando um único indivíduo, todos interligados para um objetivo comum.

II-) Somente sendo unida é que a Igreja pode oferecer algo ao mundo (vs 22-23)

Cristo deu sua glória a Igreja. Sua glória é tudo o que Cristo têm (Ef. 1:22-23). Mas essa manifestação pública ao mundo só se dará quando formos levados “à plena unidade”. Essa unidade é ilustrada pela unidade do Pai e Filho. Um conhece o outro intimamente (Mt. 11:25-27). Precisamos nos conhecer intimamente, precisamos tratar dos problemas dos irmãos como se fossem os nossos, precisamos nos alegrar com as conquistas dos irmãos como se fossem nossas também (Rm. 12:15).

Deus está envolvido com a unidade da Igreja:

O Pai a planejou (Ef. 4:4-6)
O Filho a executou (Ef 2:18)
O Espírito a aplica (1Co 12:12-13)


III-) A Unidade tem que ser prática. A resposta da unidade é o amor (v 23).

Essa é uma oração recheada de amor.

O Filho ama o Pai (v. 4) e os crentes (v.6). O Pai ama o Filho (v 26b) e os crentes (v. 26c). Os crentes amam o Pai (v.6d) e o Filho (v.8).

A fé atua pelo amor (Gl. 5:6). O amor é expresso em atos (Jo. 15:13; Rm. 5:8). O amor honra (Rm.12:10).  O amor é sacrificial (Rm. 14:15). O amor edifica (1Co. 8:1). O amor é fruto do Espírito (Gl. 5:22). O amor é a credencial da Igreja (Jo. 13:34,35).


Conclusão: É tempo de nos unirmos em amor prático. É tempo de sairmos juntos, orarmos juntos, preocuparmos verdadeiramente uns com os outros. Se quisermos ser um, temos de amar. Amar os de dentro, antes de buscar os de fora.

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