"Minha oração não é apenas
por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem
deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles
também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a
glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles
e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que
tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste”. (João 17:20-23)
Introdução: Esse capítulo pode ser dividido em três partes.
1-) Jesus ora por si mesmo (vs
1-5) – Jesus ora por glorificação
2-) Jesus ora por seus discípulos imediatos (vs 6-19) – Jesus ora por proteção
3-) Jesus ora por toda a sua igreja (vs 20-26) – Jesus ora por unidade
2-) Jesus ora por seus discípulos imediatos (vs 6-19) – Jesus ora por proteção
3-) Jesus ora por toda a sua igreja (vs 20-26) – Jesus ora por unidade
O texto que lemos tem um ponto
central: A unidade da Igreja de todos os tempos e podemos aprender três coisas
acerca da unidade nele. Vejamos quais são:
I-) A Unidade da Igreja
fundamenta-se na unidade da Trindade (vs 20-21)
Podemos dizer isso de outra
forma: A unidade da Igreja é obra de Deus e não um esforço humano. Ser um com
meu irmão, não anula minha individualidade. Unidade não é uniformidade: Não
vestimos todos iguais, não falamos todos os mesmos assuntos, mas temos um mesmo
Deus e um mesmo proposito. Deus é um Deus, mas um é o Pai, outro o Filho, outro
ainda o Espírito Santo. Eles são um só, mas são pessoas distintas.
Imaginemos por um instante, o
colégio apostólico. Pedro e Tiago (irmão de João) tinham um temperamento tempestuoso;
João tinha um temperamento amoroso; Filipe era um tanto tímido; Bartolomeu
(Natanael) era honesto; Tomé foi incrédulo; Mateus era um sujeito desprezado
pelo judeus (coletor de impostos) Simão Zelote detestava cobradores de impostos
(uma vez que os publicanos eram mortos pelos zelotes); Judas Iscariotes era
ladrão e traidor. André tinha muitas perguntas.
Agora, gostaria de te dizer que
cada um deles tinha um pouco de todos. Pense comigo:
Todos tinham um pouco de Tomé – O Evangelista Marcos diz que todos os discípulos duvidaram da ressurreição do Senhor Jesus (Mc. 16:9-14).
Todos tinham um pouco de Tomé – O Evangelista Marcos diz que todos os discípulos duvidaram da ressurreição do Senhor Jesus (Mc. 16:9-14).
Todos os discípulos tinham um
pouco de Mateus – Os Evangelistas nos contam que ele abandonou sua
profissão para seguir Jesus (Mc. 2:13-17). No entanto, todos os outros
discípulos fizeram o mesmo (Mc. 10:28-30).
Todos os discípulos tinham um
pouco de Judas Iscariotes – Os Evangelistas nos contam que todos os
discípulos o abandonaram no momento mais importante (Mt. 26:31).
Por isso, posso ser unido com meu
irmão sem me aniquilar, sem deixar de ser quem sou. Para se tornarem tão
parecidos, necessitava-se de relacionamento profundo. Portanto, a lição para
nós, a unidade se baseia em relacionamentos profundos. Essa prática foi seguida
pela igreja primitiva (At. 2:42-47).
Essa é a razão pela qual a figura
predominante da igreja no N.T., é a de um corpo (1Co. 12:12-27). Uma variedade
de membros, formando um único indivíduo, todos interligados para um objetivo
comum.
II-) Somente sendo unida é que a
Igreja pode oferecer algo ao mundo (vs 22-23)
Cristo deu sua glória a Igreja.
Sua glória é tudo o que Cristo têm (Ef. 1:22-23). Mas essa manifestação pública
ao mundo só se dará quando formos levados “à plena unidade”. Essa unidade é
ilustrada pela unidade do Pai e Filho. Um conhece o outro intimamente (Mt.
11:25-27). Precisamos nos conhecer intimamente, precisamos tratar dos problemas
dos irmãos como se fossem os nossos, precisamos nos alegrar com as conquistas
dos irmãos como se fossem nossas também (Rm. 12:15).
Deus está envolvido com a unidade
da Igreja:
O Pai a planejou (Ef. 4:4-6)
O Filho a executou (Ef 2:18)
O Espírito a aplica (1Co 12:12-13)
III-) A Unidade tem que ser
prática. A resposta da unidade é o amor (v 23).
Essa é uma
oração recheada de amor.
O Filho ama o
Pai (v. 4) e os crentes (v.6). O Pai ama o Filho (v 26b) e os crentes (v. 26c).
Os crentes amam o Pai (v.6d) e o Filho (v.8).
A fé atua pelo
amor (Gl. 5:6). O amor é expresso em atos (Jo. 15:13; Rm. 5:8). O amor honra
(Rm.12:10). O amor é sacrificial (Rm.
14:15). O amor edifica (1Co. 8:1). O amor é fruto do Espírito (Gl. 5:22). O
amor é a credencial da Igreja (Jo. 13:34,35).
Conclusão: É tempo de nos unirmos em
amor prático. É tempo de sairmos juntos, orarmos juntos, preocuparmos
verdadeiramente uns com os outros. Se quisermos ser um, temos de amar. Amar os
de dentro, antes de buscar os de fora.
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